Viacheslav Ivanov
Viacheslav Ivanovich Ivanov (; Moscou, 16 de fevereiro jul. / 28 de fevereiro de 1866 greg. – Roma, ) foi um poeta, tradutor e crítico literário russo.Desde cedo foi atraído pela história e pela filosofia, seguindo os cursos do historiador Theodor Mommsen em Berlim. Enquanto trabalhava no seu estudo ''De Societatibus Vectigalium Publicorum Populi Romani'', que só publicaria em 1911, impregnou-se das ideias de Nietzsche, cuja influência sobre ele seria - como a de Vladimir Soloviev - determinante.
Ivanov ficou por algum tempo em Paris e em Roma, onde freqüentava a Instituto Germânico. Em 1905 retornou para a Rússia, após ter publicado uma obra sobre o culto dionisíaco em 1903/04 e sua primeira coletânea de versos, ''Os astros pilotos'', em 1903. Depois, instalou-se em São Petersburgo e tendo enviuvado duas vezes, deixou a Rússia por algum tempo. No seu retorno, passou a morar em Moscou.
Seu nome ficaria na história da literatura russa como o do principal teórico do simbolismo. Escreveu poesias como ''Trombeta ardente'', ''Transparência'' e ''Doce mistério''; tragédias como ''Tântalo'' e ''Prometeu'' e ensaios críticos como ''Vigília das estrelas'' e ''Coisas da pátria e do universo''.
200px|miniatura|esquerda|Sepultura de Ivanov no [[Cemitério Protestante (Roma)|Cemitério Protestante em Roma]]
A revolução bolchevique de 1917 inspirou-lhe uma das mais belas coletâneas poéticas, os ''Sonetos de inverno'', e uma das obras mais originais do pensamento moderno, ''Correspondência de um canto ao outro'', em colaboração com o filósofo Mikhail Gershenzon.
Em 1921 Ivanov foi nomeado professor de grego da Universidade de Baku, na Rússia. A seguir, obteve permissão para ir à Itália, indo primeiro para Pavia e depois para Roma, onde viria a se estabelecer definitivamente, ensinando, publicando artigos em revistas e reeditando suas obras.
A importância de Ivanov consiste em ter procurado superar o individualismo dos simbolistas mediante uma espécie de comunhão entre o individual e o coletivo. Por esse motivo, Ivanov emprega em seus poemas o ''nós'' no lugar do ''eu''. Sua escrita sublinha o aspecto religioso e místico da poesia e entende o poeta como um sacerdote, um mágico e um misterioso criador da vida.
Foi sepultado no Cemitério Protestante em Roma. Fornecido pela Wikipedia
